terça-feira, 17 de abril de 2007

Noite barata..

Tô precisando de uma noite barata de amor....
Dessas que começa em um boteco, regada a vodka sem qualidade misturada com guaraná pra disfarçar o gosto do alcool, a mente vagando fácil, a boca com sede de beijo, imaginação fluindo, vontade, desejo,cigarro na mesa, fumaça no ar...
Preciso...
Quero em uma noite dessas...esquecer essa coisa de luxo, de merlot nobre, lençol de percal, restaurante sofisticado...
Quero um motel bem barato do Centro...porque não quero o luxo, quero a carne!
Quero o suor salgado dos corpos, quero uma cama bem pequena, de madeira sem graça, pra eu fazer o amor ao meu jeito, quero aquele chuveiro quebrado e só o que tem é um banho frio.
Quero ficar a noite inteira sentindo o cheiro do sexo, o efeito tardio da bebida, o cansaço do corpo...quero ficar nua e sem vergonha!
Vou voltar pra casa com o sol já esquentando , ter um sono leve e sem sonho.
Já escolhi o amante da minha noite...mas ele pode mudar , acaso alguém mais interessante aparecer.Na minha noite barata não vai caber medo, quero ser eu por inteira ,porque tenho sido metade há algum tempo, não vou ter mascara e não vou permitir isso.Vai ser tudo verdade. Quero a verdade nua e crua do desejo.Porque estou desejando o meu desejo. Quero a vida de volta.A vida que as vezes encontrava em uma noite de amor barata!

sexta-feira, 23 de março de 2007

E tudo ficou espalhado, sem vida, sem lugar...

Tenho que ser Anônima aqui, acaso algum dia um certo alguém me procure e ache essas palavras.Não quero magoá-lo, por nada, por ninguém.
Não que aqui esteja escrito algum segredo pra ele, mas ver em times new roman toda história dói, e eu sei, porque sinto dor ao ler as palavras que mesmo escrevo, arde cada letrinha que aqui despejo.(...)

Estou seguindo minha vida, fazendo planos pequenos, para poder não guardá-los nas gavetas de sonhos que tenho...
Tento fazer a cada dia uma coisa importante, pra que esse dia não tenha sido em vão.
Hoje trouxe umas coisas da minha casinha...um pouco de tudo que deixei lá...e que aqui na casa da minha mãe ficou espalhado, sem vida , sem lugar...
Lá cada coisa tinha uma história, tinha um motivo...aqui se perde nessa bagunça de gente doida e de objetos inúteis.
Chorei muito ontem.
Sei que vou chorar ainda mais e vou me permitir isso, como também vou me permitir falar com ele três vezes ao dia e vê-lo quando sentir saudades.
Não seguirei regras e nem conselhos, nosso caso é único, assim como são os outros.
Sei que um dia ele dirá que conheceu uma pessoa e que se apaixonou, vai ser barra!Ainda o amo.
Sim ,eu amo. Amo com muita força, carinho e admiração.Mas perdemos algo que não sei como e nem quando aconteceu, que deixou que o nosso brilho no olhar se apagasse...foi assim.
Quero colocar a culpa em Deus , falando que ele deve ser sim um pouco cruel e rir dos joguetes que faz com seus filhos, ou colocar a culpa em vibrações da casa que escolhemos pra morar ...preciso culpar alguém e não sou eu nem ele, isso eu sei...
Fizemos nosso melhor em cada minutinho que passamos juntos.
Vou seguindo com saudades, com tristeza, alegria em uns poucos momentos, mas em nenhum momento levo arrependimento.

quinta-feira, 1 de março de 2007

Um tempo

Cada um tem seu tempo.
Tempo pra se acostumar às mudanças, pra se curar de uma doença, pra se apaixonar, pra se adaptar ao emprego novo, pra enjoar de um tempero, pra ler um livro...essas coisas, que levam tempo.
Cada um, tem um tempo pra cada coisa.
Estou no meu tempo.Meu tempo é vagaroso, preguiçoso...
Eu tenho pressa, mas tenho que entender meu tempo e isso gera conflito.
Estou arrumando meus arquivos, sabe? Colocando as pastinhas nos devidos lugares, jogando fora papelada velha que não tem mais serventia, guardando os documentos mais importantes...e isso leva tempo.
Mas e a pressa?Fica me cutucando! Dizendo que estou aí parada, e o tempo ta passando!Tão difícil!
Se nem eu respeito o meu tempo, como vou pedir para os outros respeitarem?
Vou levando.Como sempre levo tudo!
Já fui mais intensa. Hoje sou branda.Só sobrou essa pressinha, já que os anos passaram depressa, e eu tenho pouca coisa pra chamar de meu!
Estou ajeitando tudo! Colocando a casa em ordem! Já passei por isso antes e sei como é.
Vai passar, como tudo está passando, até o tempo.

terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

Hoje escrevo em um momento mais calmo, um momento que pensei talvez não chegar tão cedo,saberia que chegaria, mas temi que antes eu sofresse um pouco mais.

Vou tentar falar a verdade, que anda se escondendo dentro de tantas histórias que contei pra mim...
Falo sobre que vivi em um ano e pouquinho, e o tal de destino , que resolve sempre me sabotar, fez com que eu deixasse de querer, aquele e aquilo que tanto queria.
Tive que desmontar uma parte grande daquilo que imaginava pra mim;um vislumbre de uma família feliz.Uma mulher trabalhando na grande metrópole, um marido bem sucedido, um cachorro alegre e carinhoso para brincar nos fins de semana, uma casa bem pintada, com livros bons na estante, decoração caprichada, uma cozinha bem asseada, uma geladeira cheia de comidas gostosas, preparadas com todo carinho, um quarto que fosse um ninho, ninho de amor, de cumplicidade, de afeto, e de paixão....
Desmontei....
Nem tudo, tem muita coisa minha lá ainda.Talvez eu traga aos pouquinhos, pra não doer tanto.

A paixão? a paixão acabou cedo, como nunca imaginei que aconteceria.
Eu sabia sim, que o mundinho que criara, tinha um tempo certo pra durar, não me pergunte como sabia, mas aquilo foi uma certeza, quando aportei com meu peixe-boi a tiracolo, no que viria ser minha casinha.Na verdade a gente sempre sabe o que vai acontecer no próximo capítulo, mas prefere acreditar na criatividade do escritor.O escritor da minha história não me surpreendeu.

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

Teste